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sexta-feira, 23 de março de 2012

Quando Thor encontrou Wanderson


tEXTO DE PAULO NOGUEIRA, RETIRADO DO SITE BRASIL 247.
THOR E WANDERSON




"Thor e Wanderson.
O resto são diferenças que jamais os levariam a se encontrar. Thor, 1%, para usar a expressão consagrada no protesto Ocupe Wall St, anda num carro de quase 3 milhões de reais, uma McLaren. As multas por excesso de velocidade que Thor recebeu no período “probatório”, em que o motorista é testado logo depois de receber carteira de motorista, deveriam tê-lo impedido de dirigir. Mas regras no Brasil não costumam ser aplicadas para o 1%. A família de Thor tem dinheiro e as conexões que isso traz: não há muito tempo, o governador do Estado tomou carona no helicóptero do pai de Thor, um homem cuja maior ambição não é ser o homem mais sábio do mundo, ou o mais feliz, ou o mais generoso — e sim o mais rico, um recordista de moedas.
Wanderson é o 99%. Bicicleta em vez de McLaren, e não por modismo ou por consciência ecológica. Simplesmente por necessidade. Feio por não ter a boniteza outorgada pelo dinheiro: não poderia comprar o corpo de jogador de rugby adquirido por Thor com duas horas de exercícios diárias, e nem as roupas, e nem os produtos de beleza. Pobre não pode aspirar a grandes feitos estéticos, e nem pequenos, para ser franco.
Contra todas as probabilidades, Thor e Wanderson, com suas vidas paralelas e opostas, acabaram se encontrando na noite de sábado, numa estrada. Foi um encontro rápido. Thor em sua McLaren e Wanderson em sua bicicleta. Thor mal viu Wanderson. Salvo em circunstâncias excepcionais, os 99% são invisíveis.
No final da reunião relâmpago, Wanderson estava em pedaços, destruído pela McLaren. A imprudência, segundo o pai de Thor, foi de Wanderson. Não há surpresa nisso porque no Brasil a culpa sempre foi dos 99%.
E agora Thor retoma sua vida de herdeiro enquanto Wanderson lentamente vai desaparecendo de nossas mentes e de nossas conversas até ser devolvido à miserável invisibilidade em que esteve imerso até o breve encontro de sábado à noite."

quarta-feira, 21 de março de 2012

Mito e Publicidade


Em 480 a.C. estava sendo construído o templo Partenon em Atenas, o maior e mais conhecido local de adoração dórico da época. Ali, estaria sendo inaugurada uma prática introdutória ao mito e consecutivamente a todas suas vertentes, as quais participaram cotidianamente na vida das pessoas e servem de base para viver nossa atual realidade. Ou fugir dela.
A crença do indivíduo na mitologia foi concebida por uma necessidade de fuga do real, que foi popularizada através do que em propaganda é chamado de agulha hipodérmica. A dinamização das ideias contidas nos mitos, fez com que estes se tornassem uma ferramenta essencial para a sobrevivência da atual sociedade.
A propaganda propicia o surgimento e a consolidação de uma mitologia em um contexto social, pois os heróis, celebridades e os arquétipos contemplados só surgem após o efeito propagandista de divulgação e identificação do indivíduo para com o “astro”. Logo, com mitos sustentados e criados agindo na sociedade, o recurso da propaganda torna-se indispensável e essencial para a atual sobrevivência, tal como sua criadora: a mitologia.   




terça-feira, 6 de março de 2012

Pô Men's Health

Recentemente li uma matéria da revista Men's Health e os dados contidos ali me chamaram um pouco a atenção... [matéria]
A matéria era sobre 41 coisas insuportáveis das melhores coisas do mundo, tinha um tom cômico voltado ao público alvo e claramente machista. Ok.
Mas um item destes 41 realmente me tirou do sério: 32 – Mentir sobre traição
Mentir sobre traição, está aí uma coisa que pra mim não é uma das mais insuportáveis dentro das melhores, quer dizer que trair é uma das melhores coisas do mundo ?
Han ?
Eu gostaria que as esposas dos editores da revista abrissem o olho de vez, eu penso que se os homens traem mais que as mulheres não era pra influenciar essa atitude em um veículo voltado ao público masculino.
A ética morreu e vai ser difícil achá-la desse jeito! Sinceramente, quero essa revista bem longe daqui. Não são estes valores que estou acostumado a cultivar e não esperava ler esse tipo de coisa numa revista "famosa" e tampouco barata. Pagar caro pra ler bobagem ? Aí eu compro Veja.


Até mais,