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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Marginal na Marginal

A errata ao título foi devido respeito aos demais torcedores da escola e do time, mas que não estavam lá.

Que espetáculo mais baixo foi a apuração das escolas de samba de São Paulo, nos mostra o quanto a evolução tecnológica chega acompanhada de uma falta de respeito perante uma sociedade imatura e leviana.
Torcedores de diversas escolas provaram hoje, numa simples apuração de notas, o porquê nosso IDH é baixo. Eles nos provaram que o carnaval poderia ser mais baixo do que já era.

Torcedor do Império de Casa Verde

Torcedores rasgaram as notas, quebraram as cercas metálicas e amassaram barreiras de proteções, como se aquilo tudo não fosse imposto, se é que eles pagam.
A torcida do Corinthians que é representada pela Gaviões da Fiel ficou unida do início ao fim.
Sim, pois o início foi rasgar as notas e o fim por enquanto é percorrer a Marginal Tietê depredando tudo o que aparece pela frente! Que vergonha pessoal! A torcida consegue honrar a fama de vândalos que eles mesmo adquirem e se orgulham do título. 


E depois a sociedade está sendo preconceituosa ?
Eles são chamados e agem como bandidos, claro que não estou generalizando, mas existe uma boa parcela da torcida envolvida com o carnaval e essa mesma parcela participou da destruição do local de apuração. Somos capazes de votar, torcer e realizar outras tarefas sem o vandalismo primitivo visto na televisão, somos capazes de mostrar que não é o dinheiro quem faz o caráter, mas as atitudes do dia a dia. Com esses atos, apenas reforçamos a ideia de que quanto mais pobre, menos intelecto e menos razões pra investir nessa classe social! A população se auto prejudica com acontecimentos como o de hoje. Está na hora de parar e pensar. Chegar em casa e analisar. E tentar mudar.
São momentos de reflexão que permearão a mente dos agressores (ou não) depois de hoje, mas quero que saibam que a fase de errar e tentar de novo já se foi, pois vivemos em um grupo social com regras, leis e limites, os quais eles não são muito adeptos.

O importante é ser fevereiro

O texto abaixo foi produzido por Jaciara Santos, em 15 de Fevereiro de 2012 às 19:41 e retirado do site Brasil 247


O importante é ser fevereiro
por Jaciara Santos,


"Numa rara situação em que num jogo todos saem perdendo, a greve da Polícia Militar do Estado da Bahia acabou de forma melancólica neste sábado (11) à noite, numa assembleia em que o sentimento predominante era o de desgaste, cansaço e revolta. Mesmo havendo perdas e danos generalizados, os contendores preferem minimizar os estragos, supervalorizando um ou outro ganho relativo que tenha obtido. O governo nos níveis federal e estadual, por exemplo, pode até contabilizar o encerramento da greve como uma vitória, mas sabe que não é bem assim. Os grevistas podem até querer comemorar o fato de ter forçado o governo a se posicionar em relação à questão salarial, mas sabem que não há o que festejar. Já a sociedade, que ficou encurralada e presa do medo durante 12 dias, que ganho pode ter auferido? Ah, a suspensão do movimento se deu em nome da paz social. Pois sim!
Na coluna de perdas, vai a demonstração de inflexibilidade de um governo que se diz democrático. Afinal, usar cães contra o povo (ali representado por um deputado estadual) não é exatamente a melhor das fotografias para a posteridade. E o que dizer do emprego de métodos tão condenados em outros governos como o uso de grampos (legais e ilegais) contra cidadãos que apenas cumpriam seu mister profissional como jornalistas e advogados?
Também na contabilidade de perdas, os grevistas têm muito a somar. O conceito da PMBA perante a sociedade nunca mais será o mesmo. E não se está falando do fabuloso índice de homicídios registrado em Salvador ao longo do movimento (172, segundo estatísticas oficiais) mas sobre a ação de pessoas doentes, sádicas, que mataram pelo simples prazer de matar. Na greve de 2001, uma imagem ficou por muito tempo gravada na minha mente: a de um adolescente que foi morto no bairro do IAPI, atrás da sede do antigo bloco Selakuatro e que teve todas as unhas arrancadas. Do mesmo modo, agora, em 2102, a cena que atormenta minhas noites envolve uma mãe assassinada enquanto amamentava seu bebê, no centro da cidade. Teria sido obra de PM? Nunca irá se saber, apesar de o Estado fazer questão de depositar na conta da greve todos os atos insanos consumados no período. Como se livrar dessa pecha? A leitura que hoje a sociedade faz é a de que uma polícia que mata mendigos em tempo ou não de greve (guerra?) não é uma polícia que mereça respeito, mas que infunde o medo.
E quanto à sociedade? Será que o fim da greve representa o retorno à normalidade? De que normalidade se está falando? A tropa mostrou com toda a força que está insatisfeita. Uma greve não eclode do nada, apesar de nossos governantes assumirem a postura do marido traído e dizerem que foram surpreendidos com a paralisação. Marcos Prisco, o incendiário presidente da associação que comandou a greve, não apareceu de repente. Ele é uma pedra no sapato da PMBA, desde que participou da greve de 2001, segundo ele, com o apoio do partido que hoje está no poder. Os métodos do ex-soldado são conhecidos, não há porque agora o governo estadual dizer “eu não sabia”. É fato que os sinais de fumaça não apareceram agora, de repente. Como fogo de monturo, a caserna vem se mostrando incomodada há muito, muito tempo. Ou já esquecemos do movimento Polícia Legal?… Bom, diante da insatisfação permanente da tropa, como o cidadão pode se sentir seguro com o retorno dos policiais militares aos seus postos de trabalho? Eles irão mesmo trabalhar ou apenas querem se precaver de punições como o corte de ponto?
Policiais e comando da PMBA dizem que vão continuar negociando. Negociando o que? Se os pontos que prolongaram a greve (pagamento da gratificação de atividade policial em março e anistia aos líderes grevistas) são considerados inegociáveis? São respostas que a sociedade merece ouvir, sob pena de se sentir lesada em seu seu direito à verdade.
Bom, no perde-perde real e no suposto ganha-ganha da greve, os dois lados da contenda podem contabilizar como vitória o fato de ambos terem marcado posição. A sociedade não pode dizer o mesmo, pois ficou apenas com as perdas. Há quem diga que o ganho da sociedade estaria na realização do Carnaval, que chegou a sofrer ameaça de comprometimento caso perdurasse o momvimento. Ah, mas de que sociedade esatamos falando? Certamente não é do cidadão que mora em Salvador e convive com a violência cotidiana e o desrespeito aos seus mais elementares direito. A sociedade que saiu ganhando é aquela que vive na cidade do carnaval, um lugar de sonhos, onde só há beleza e feito para turista ver. A efêmera terra dos blocos carnavalescos, das agências de turismo, dos camarotes, dos bares e hotéis, das empresas de aviação, das cervejarias e das redes de televisão. Para essa sociedade, pouco importam as mazelas da população real, como na antiga musiquinha carnavalesca, “o importante é ser fevereiro e ter carnaval para a gente sambar’. Até a próxima crise."

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Carnaval no interior

O mesmo carnaval aconteceu no final de semana em Campinas e Paulínia.
Há uma diferença entre os eventos da capital e do interior, a de que não é preciso esbanjar luxúria e fugir dos limites sem necessidade.
O dinheiro gasto com os eventos no interior são infinitas vezes menor do que São Paulo ou Rio de Janeiro. A mesma festa e a mesma diversão.


É possível observar a comunidade envolvida diretamente com a festa e não de faixada esperando que alguma celebridade apareça e lhe mostre que o carnaval é censitário, assim como o direito de se divertir.




domingo, 19 de fevereiro de 2012

Suei o ano todo no barracão e você?

Alguém pode me explicar como funciona esse tal de carnaval na avenida ?
Sem ironias.
Pessoas importantes financeiramente aparecem semi nuas dizendo que suaram e trabalharam duro no barracão. Acontece que a maioria dos barracões ficam em periferias, quando não em favelas... Mas obviamente que existe respeito de quem faz parte da "comunidade" colorida do Brasil. Poxa bandidagem, quando foi que você resolveu ficar de bem com a alta sociedade ? ... Quando ficaram beneficiados com isso.
Ah, devem ter tomado rivotril em altas doses então, porque bandidos queimam ônibus que transportam a população pobre, sem condições de comprar um automóvel popular, mas os carros alegóricos estão lá firmes e fortes, os quais transportam pessoas que andam no mínimo 5 vezes de avião por ano. E quem empurra esse carro? As pessoas da "comunidade" que merecem pelo menos um transporte público seguro.
Outra coisa que não entendo é de onde eles inventam os nomes dados às fantasias de passistas por exemplo, ontem vi uma: "As águas do não sei o quê" e que era formada por algumas penas e uma calcinha. Como a arquibancada iria saber que aqueles apetrechos caros tinham a intenção de representar um rio ? E muito menos a passista que nunca deve ter ouvido falar daquilo, mas tanto faz... Assim como os foliões que vestem uma alegoria e nem ao menos sabem cantar o samba enredo da escola de samba... E eu não gostaria, mas vou citar as baianas de 70 anos que ficam carregando aquelas fantasias com mais de 15 kg e rodando por uma hora que seja!
Observando por esse lado, o carnaval na avenida se mancha por si só. Minha vontade era questionar cada ponto falho da festa e tentar entender o porque disso tudo! Parece que estamos iludidos com o começo do ano e não somos capazes de trabalhar e enfrentar 2012 com tudo e pra isso nos refugiamos em festas como esta, caras e cheias de lavagem de dinheiro público. Dinheiro que poderia ser revertido em saúde para a comunidade do barracão ou uma educação que esse país ainda não conhece. Garanto que seria muito mais bonito que o espetáculo anual na Sapucaí.